21 dezembro 2013

O peso dos filmes piegas

  Vocês vão me dizer que o filme é piegas de dar dó e estarão certos. Quem já cambaleou até os quarenta e tantos anos provavelmente encarou "O Pássaro Azul" em uma daqueles dias de sessão da tarde, quando estava de volta da escola e sua mãe estava gritando para você tirar o uniforme a-g-o-r-a.
E se você disse aquele "peraííí´" irritante que todos dissemos ( e fomos fadados a ouvir mais tarde), e continuou vegetando diante a tv, você se deparou com a historinha das crianças que saem em uma jornada surreal pelo passado, futuro e outras paragens, procurando a tal felicidade, o tal pássaro.
E se você consegiu enrolar sua mãe o suficiente para terminar o filme, sem tirar o uniforme da escola e ainda assaltar a geladeira, você se lembra que o tal pássaro estava na casa deles . E sempre esteve.
Nos momentos em que estou desanimada e com a terrível sensação de que em alguns momentos da minha vida eu consigo vislumbrar objetivos - tal qual uma menina com o rosto colado em uma vitrine de confeitaria - mas não consigo atingi-lo, quando estou com essa sensação...busco um socorro interior no tal filminho de sessão da tarde.
Porque acho que o tal passarinho está aqui, está debaixo do tapete, enrolado na minha cachorra, sobre um prato na cozinha, me um degrau da escada. Está aqui.
Quando mais fortemente eu me convencer disso, de que a felicidade está aqui, mais resistente aos tropeços ficarei.

4 comentários:

  1. Eu assistir esse filme 2 vezes e achava lindo! Gostava muito. Boas festas! Bjss.

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  2. A felicidade. Tenho me perguntado se não superestimamos o conceito.

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    1. Evinha, acho que outros conceitos como sucesso e afins estão superestimados. Sou daquelas que acham que a felicidade está nos cantos.

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